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Estratégia • 13 de maio de 2019

Ownership na advocacia: Entenda por que é requisito para o seu escritório

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Você pode nunca ter ouvido falar em ownership na advocacia, mas, sem saber, já passou por essa situação. Imagine que um cliente ligue para o escritório buscando informações sobre sua causa. O profissional que o atende não é o advogado do processo, mas está por dentro de todos os detalhes. O cliente se sente acolhido e valorizado, porque tirou todas as suas dúvidas e foi bem tratado. Parecia até que estava conversando com o sócio do escritório.

Esse é um exemplo simples de como o ownership na advocacia funciona. Entenda porque ele deve ser um requisito para seu escritório!

O que é ownership?

Ownership é “senso de dono”. É uma característica que os profissionais de um negócio podem incorporar. De forma simples, ownership ocorre quando colaboradores engajados atuam, comunicam e tomam decisões como fossem o dono do negócio, independentemente do nível hierárquico ou de responsabilidade. Eles sabem e entendem que seu sucesso é intrínseco ao sucesso da empresa. É, por isso, uma atitude emocional.

Os profissionais que incorporam características do ownership, em geral, são:

  • Boa escuta e comunicação em relação aos clientes para prestar o melhor atendimento;
  • Flexíveis e dispostos a mudar suas ações para atingir os objetivos da empresa;
  • Proativos quanto aos processos que beneficiam a empresa;
  • Orientados para resultados;
  • Responsivos;
  • Fiéis.

Montar um time engajado, com colaboradores que possuam esse senso de dono não é uma tarefa fácil. Mas é possível desenvolver essas características no seu negócio para que os profissionais vistam a camisa.

Como se aplica o ownership na advocacia?

O ownership na advocacia é exatamente igual a qualquer outro negócio, mas com as particularidades da profissão. Para que ela seja absorvida pelos profissionais do escritório, o gestor deve desenvolver algumas atitudes neste sentido, sempre tendo em mente os valores necessários para os colaboradores.

A ideia principal é o funcionário saber que ele é peça fundamental para o atingimento das metas do escritório. Assim, ele enxergará os resultados do negócio como se fossem os seus resultados. Vestir a camisa tem a ver com possuir o senso de dono, mas isso pode ser um problema se o colaborador não compartilhar os mesmos valores do escritório.

Como desenvolver o ownership em seu escritório?

O ideal para um gestor que deseja aplicar o ownership na advocacia é ter, em suas equipes, somente pessoas que compartilham dos mesmos valores. Mas sabemos que quase nunca isso acontece, e também não há garantia de que eles vestirão a camisa da empresa. A saída eficaz para a questão é encontrar maneiras de inspirar e estimular a mentalidade e a atitude de dono.

Veja algumas práticas que contribuem para desenvolver o ownership na advocacia e quais os benefícios que isso traz para o escritório!

Atenda às necessidades e aos valores humanos do colaborador

A mentalidade de ownership pode ser desenvolvida com a valorização do colaborador. Isso envolve atender às suas necessidades e aos seus valores. E três pontos são fundamentais para isso: compensação financeira, realização pessoal e relacionamento.

A retribuição financeira é um valor tangível que se conecta ao senso de segurança pessoal. É o primeiro ponto que fará seu funcionário vestir a camisa. E isso vai além do salário. Muitos escritórios trabalham com bonificações financeiras (participação nos lucros e resultados, por exemplo). Se há uma relação direta entre o aumento da receita do escritório e a renda pessoal dos profissionais, o ownership na advocacia pode ser desenvolvido.

Quanto à realização pessoal e aos relacionamentos, a ideia é promover o bem-estar de todos. Um bom ambiente de trabalho contribuir para o engajamento e desenvolvimento da equipe, que geram uma resposta emocional positiva.

Invista em transparência e comunicação

Um relacionamento significativo dentro do escritório se baseia em transparência e comunicação aberta. Isso desperta o sentimento de pertencimento, desenvolvendo a sensação de dono e construindo confiança. Afinal, um funcionário só se envolve ativamente em um escritório se os objetivos e metas são compartilhados.

Essa prática se liga intimamente à valorização do colaborador, que se sente essencial para o sucesso do negócio. E uma medida de transparência e comunicação é pedir o feedback. Líderes também devem saber como são vistos por seus liderados. Por isso, o gestor deve perguntar à equipe o que está funcionando, o que pode ser melhorado e tudo que for pertinente ao escritório.

Quando o líder demonstra que a avaliação da equipe é fundamental para o negócio, eles se sentem valorizados. O ownership na advocacia se torna mais fácil de ser aplicado.

Adote a metodologia OKR (objetivos e resultados-chave)

O impacto positivo no desempenho de uma empresa depende de os colaboradores compreenderem, de forma clara, os objetivos e prioridades do negócio. Assim, conseguirão direcionar seus esforços, definindo uma maneira de agir que seja eficaz. Quando isso acontece, são reconhecidos pelo sucesso da ação.

Essa é uma das formas que propicia o ownership na advocacia. Mas perceba que, para que isso ocorra, e os profissionais ajam com senso de dono, é preciso definir objetivos. Adotar a metodologia OKR (Objectives and Key Results) é um bom caminho. Esse modelo de gestão focado em resultados faz com que a equipe se tornem focada e disciplinada, já que os objetivos estabelecidos são limitados (devem ser cumpridos no prazo e acompanhados regularmente).

Quando há uma definição clara nos resultados, os colaboradores se concentram nas atividades, direcionando suas energias para atingir ao objetivo. E cada um é responsável por suas metas, que são apresentados de forma clara, e essa transparência possibilita o alinhamento entre o que a empresa deseja e a sua visão.

Implemente o método OMTM

Além de adotar o OKR, o gestor pode implementar o método OMTM (One Metric that Matters ou única métrica que importa). Esse método se baseia em identificar a meta mais importante do seu escritório de advocacia. Como a cultura de ownership baseia-se em objetivos, a equipe direciona totalmente seu foco para atingi-la. Em outras palavras, há uma priorização e um alinhamento de esforços de todos os times. Vale destacar que esse foco é em curto prazo.

Incentive a cultura do intraempreendedorismo

O empreendedorismo interno ou intraempreendedorismo é ter colaboradores com o espírito de empreendedor. Possibilitar a opinião e a colaboração direta dos profissionais faz o escritório prosperar. E é sempre bom lembrar que empreendedores focam em resultados, incentivam a autonomia, dentre outras características. Se eles existem internamente, o ownership na advocacia está intrínseco.

Ownership na advocacia é ter profissionais que consideram o escritório como seu próprio negócio. O maior benefício é o desenvolvimento e o sucesso mútuos. Outra boa forma de incentivar o senso de dono é gestão ágil. Você conhece esse modelo? Veja nosso post!

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